17 de abril de 2008

Inevitável




Há meses que Luís Filipe Menezes se arrastava na liderança do PSD sem, sequer, disfarçar o sacrifício que estava a fazer. Todos os dias o país podia assistir a uma confrangedora aparição de um “líder” da oposição, apagado, sem vigor e muito longe das inflamadas intervenções que costumeiramente Menezes nos habituara. Na verdade, o Presidente da Câmara de Gaia aparecia-nos com a cara que faz um porco a caminho do matadouro, um empresário a entrar no gabinete do gerente do banco ou do arguido a entrar na sala de audiências.
Menezes foi traído sim, mas não pelos seus companheiros de partido ou pelos seus adversários políticos internos e externos. Menezes foi traído pela sua ambição, por não conhecer o velho ditado que orega “não vá o sapateiro além do chinelo”.

Eu gosto de políticos capazes de tirar consequências do seus actos. Menezes fê-lo, é hora dos seus críticos internos fazerem o mesmo a se apresentarem a votos nas directas de 24 de Maio.

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