4 de novembro de 2006

Da desunião das Ilhas II

(Continuação)
Já aqui escrevi, várias vezes, que o bairrismo é o cancro desta Região. Julguei que a blogosfera produzida nos Açores e com dimensão universal pudesse ser um meio de comunicação que aproximasse os pensamentos contemporâneos de todas as Ilhas no contexto da aldeia global. Tive a presunção e a leviandade de acreditar num novo movimento filosófico nascido nos Açores do século XXI.O Guilherme chegou a falar de uma nova geração de autonomistas Enganei-me. Afinal não existe uma blogosfera feita nos Açores com dimensão global, nem sequer nacional, nem sequer regional. São capelinhas de Ilha, concelho, freguesia, onde interessa mais discutir se a tampa do esgoto está virada ao contrário ou se a canada tem mais ou menos buracos, se há teatro no Coliseu e Jazz no Teatro, se o centro cultural passa mais ou menos cinema, se o Ramo Grande tem mais ou menos visitas, tudo isso se discute em vez dos grandes temas da actualidade. Entretanto a globalização vai-se fazendo, alguns, poucos, empresários internacionalizam-se e são olhados com desconfiança, outros quedam-se à espera de tempos melhores, sem mudar nada e à espera que tudo mude. Os resultados só se alteram se os métodos forem alterados, quando não, "fica tudo na mesma como a lesma."

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