27 de novembro de 2012

Acerca da Liberdade.


Fez-me sempre muita confusão mas começa mesmo a fazer-me urticária a forma como  os portugueses, sejam comentadores, jornalistas, políticos ou até mesmo humoristas usam “bater” nos Deputados e na Assembleia da República como se aquela não fosse a nossa casa, a casa da democracia, o único garante da liberdade.
Ou como disse Rousseau, a utilização que (o Povo) faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los, e só damos o verdadeiro valor às coisas quando as perdemos.

11 comentários:

Anónimo disse...

As pessoas atacam porque perceberam que aquilo é gente de muita conversa, de muita regalia, muita mentira e pouco acerto.

Não temos 38 anos de parlamento a bom funcionar, com discursos brilhantes, deputados afoitos e peleias diárias? Isso levou-nos a alguma coisa que não a miséria?
A riqueza de uma ñação não se faz com conversa nem com deputados a mais.
Faz-se com trabalho e decisões acertadas.

Anónimo disse...

Caro Nuno Barata
A democracia é muito mais que o silencio submisso e acrítico face aos eleitos, uma população que se limite a introduzir o voto(mais ou menos influenciado) de 4 em 4 anos é uma população pouco mais que alienada e sucedânea daquelas que vivem sobre a ditadura.
A razão mais valida para se criticar a assembleia da republica é exactamente por ser esta por definição a casa do Povo!
Não se perde a democracia por criticar os que não a exercem de forma lúcida, esforçada e ao serviço dos que os elegeram.
Os deputados são uns entre iguais e não uma casta de predestinação divina e com servos ao seu dispor.
Se é verdade que a ideia subjacente a algumas criticas é errada e pode levar a considerar que a democracia é um luxo desnecessário e contraproducente, também não é menos verdade que a assembleia e os deputados devem encaixar as criticas e tentar encontrar novos caminhos com base no acerto destas mesmas criticas.
Os deputados é que têm de fazer por merecer o Povo que os elegeu e não o contrário(embora seja verdade que a composição da assembleia revela o desenvolvimento social, económico e cultural do Povo).
A critica aos deputados revela que mal ou bem a sociedade esta viva.
Saudações
Açor
Com a devida vénia a sua concepção de democracia é daqueles que a única diferença que vêm entre democracia e ditadura é que aquela que lhes permite poderem aceder ao poder de forma mais acessível.

Anónimo disse...

Caro Nuno Barata
(Continuação)
As duas ultimas linhas do meu comentário, ficaram desenquadradas do texto...
Aproveitando a necessidade de explicar melhor este facto, aproveito também para desenvolver melhor a minha ideia.
O regime anterior da ditadura de Salazar e Marcelo, tinha uma casta reduzida de políticos elegíveis, com a democracia surgiu a necessidade de aumentar este numero de putativos eleitos, este facto que é positivo não deixou de incentivar uma serie de políticos profissionais que virão na democracia não uma forma de servirem o Povo, mas uma forma de terem ocupação generosamente bem paga, mas para além disso repararão que a Democracia quando mal orientada e fiscalizada pode ser uma forma de conseguir os mesmos objectivos ditatoriais, mas de forma muito mais bem aceite pelas populações que vêm na democracia uma certa defesa(virtual) contra a ditadura.
É desta forma de entender a politica que muitos se vêm alimentando e por um motivo ou por outro a concepção trazida a este foro pelo autor roça perigosamente esta ideia...
Estando certo que( certamente) será por um momentâneo desacerto de analise e não pela questão atrás aduzida que o autor escreveu desta forma.
Saudações
Açor

Nuno Barata disse...

"Com a devida vénia a sua concepção de democracia é daqueles que a única diferença que vêm entre democracia e ditadura é que aquela que lhes permite poderem aceder ao poder de forma mais acessível."

Eu não aceito lições de democraticidade nem sequer lá perto de anónimos, o exercicio da cidadania é fundamental para o fartalecimento da democracia. Esconder-se, seja do que for e por que motivo seja, não é próprio das democracias.

Anónimo disse...

É sempre bom aceitarmos lições, mesmo que a matéria não nos motive interesse. O radicalismo ideológico também se aplica aos chamados democratas que não discutem a democracia, este modelo de governo que parece melhor que os outros, já morreu em fúria popular noutros países e ocasiões, precisamente porque "endeusaram-se os representantes (os tais deputados)em palácios e mordomias que o povo não suportou.
Haja pelo menos humildade em reconhecer-se que nestes tempos a nossa democracia está em perigo.
Sem violência, mas também sem barreiras de cristal a separar o povo dos seus representantes, é democracia plena o direito à greve, à expressão de repúdio, e até à revolta se justa.
PS. Os anónimos que defendem ideias sem atropelos, sem desrespeito pelos outros, fazem-no deste modo porque não querem qualquer protagonismo, não estão no facebook, nem mandam fotos de crânios enormes bem pensantes,não querem ser referência, mas sómente movimento de opinião; não são ilegais no seu blogue, porque os permite. Respeite-os e refreie o mau humor quando é contrariado. Este é o preço mínimo que tem que pagar por ter um blogue que discursa sobretudo sobre política

Anónimo disse...

Mantenho a minha.
A democracia efectiva não se mede pelo número de deputados nem pela conversa fiada que estes debitam.
Há regras de representatividade que devem refletir bom senso.
As 230 000 almas que vivem nestas ilhas não ganham nem produzem riqueza para pagar 58 deputados.
Será que 24 não são mais do que suficientes para nos representar?

O nosso país está, como se sabe, próximo da bancarrota.
Não são os deputados que fiscalizam os governos? Porque é que não os fiscalizaram antes de chegamos a isto?

Não é a Assembleia da Republica que aprova os orçamentos? Acaso os deputados podem ser criminalmente responsabilizados pelo seu voto?

Acaso os deputados procuram os eleitores e lhes dão conta do seu trabalho?

Democracia não é eleger deputados nem pagar-lhes salários sem exigir nada.
É responsabiliza-los por aquilo que fazem.



Anónimo disse...

Caro Nuno Barata
Para mim discuto ideias e não pessoas, não é por deixar de assinar com pseudónimo e passar a assinar pelo meu nome, mesmo com fotografia que vai mudar seja o que for, tanto nas minhas ideias como na avaliação dos outros às minhas ideias,(suponho eu)ou será que a democracia que apregoa faz depender da fonte a validade das ideias?
Infelizmente só quando se sentiu acossado é que veio a terreiro debater com os outros as ideias que até (já foram de acordo consigo)mas mesmo assim não se digna dirigir-se aos outros pelo seu nome(mesmo que pseudónimo) será que com o nome verdadeiro o seu comportamento era mais cordato?
Não insista nesta ideia absurda que as pessoas que usam pseudónimo se estão a esconder, diria as mesmas coisa olhos nos olhos, embora para mim o motivo de usar pseudónimo é mesmo para não retirar verdade ás ideias e condiciona-las, não só com protagonismos bacocos, como com subjectividades e preconceitos eleitistas que desvirtuem o valor das ideias ao individuo que ás publica.
Para finalizar não queria lhe dar lições seja do que for(nem a sua personalidade as admitia)quero só como muito bem disseram os outros anónimos responder ao seu repto com o contraditório que tem possibilitado até aqui, se optar por outra solução(como já fez) respeitarei(mesmo discordando a sua opção.
saudações

Anónimo disse...

Caro Nuno Barata
Como escrevo à pressa(e por dificuldades várias)cometo não só erros, como me esqueci de referenciar no último comentário, como, Açor.
Serve também para encontrar uma distinção entre assinar com pseudónimo ou como anónimo(sem qualquer critica para esses) é que ao longo dos anos que comento com o nome de Açor, deixo um rasto que identifica a minha forma de pensar, e neste traço de estilo pode vossa excelência, ter outros elementos validos de analise dos meus comentários.
Saudações Açor.

Anónimo disse...

Os parlamentos em Portugal são tradicionalmente parlatórios. Fala-se, briga-se e gesticula-se de forma inconsequente.
Foi assim na monarquia constitucional, onde os partidos sacrificaram os nossos reis, foi assim na primeira republica, abrindo-se portas a uma ditadura.
A maioria daquela gente, que os partidos propõe a votos, é inconsequente e incapaz.
Os Açores tem profissionais da politica a mais.
Somos 230 000 almas que não justificam nem conseguem pagar deputados, grupos parlamentares e toda uma corte de boys e girls que por lá cirandam figurando de "acessores".
Não ganhamos nem produzimos para pagar racionalmente a nossa administração.
É porventura democracia aceitar isto, não denunciando?

Anónimo disse...

A instituição é o garante da liberdade mas os que lá estão não dignificam a liberdade que exercem. Não tenho nada contra a instituição Parlamento mas posso dizer que muitos, senão a maioria, dos srs deputados e deputadas não valem rigorosamente NADA. São incompetentes!!

Quando as nobres instituições democráticas são postas em causa por pessoas de competência duvidosa (é ver o nível dos debates!!!)...tudo pode acontecer. (crise sistémica)

Anónimo disse...

O Sr. disse que ia falar de liberdade e acabou falando de democracia. As democracias podem por vezes não ser muito liberais, como a nossa por exemplo. :I

Havia escrito isto, meu caro. O Parlamento não é a minha casa!! Olho para ali e vejo incompetentes, carreiristas, retóricos profissionais que, a bem da verdade, não souberam defender o bem publico...

Quer que lhe diga que estou satisfeito com esta palhaçada?? Claro que não. Mas defenderia as democracias liberais até ao meu último fulgor. Eu posso muito bem criticar os que exercem poder nas sacrossantas instituições democráticas SEM defender o fim das mesmas.Não é ninum bicho de sete cabeças. É um prob de CONTEÚDOS, de facto. É muito parlanceiro profissional. Muita parlance.

Transformar a defesa das instituições democráticas numa apologia daqueles incompetentes parlanceiros...bulshit artists!! Tenha dó. Sou liberal, sou democrata mas NÃO SOU TOLO!!

LOL


Uma boa noite.

António José Fagundes da Silva Ponteiro


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