28 de abril de 2005

Cortejo de vaidades

Estou grande parte do meu tempo no escritório, no Campo de São Francisco. Da minha janela vejo o Campo, a Igreja de São José e a do Santo Cristo, o Santuário da Esperança. Nestes dias que antecedem a festa em honra do Senhor, vejo centenas de pessoas numa azáfama "formiguenta", dum lado para o outro, acartando, pregando, colando, atarrachando, cuspindo para o chão e até mijando contra a parece que serviu de pano de fundo ao suicídio do grande, do verdadeiramente Santo, Antero. Nestes dias vejo gente, supostamente de bem (serão de bem longe) gente fina (de canelas e pulsos) numa roda-viva de entrar e sair para assegurar um lugarzinho mais aqui ou mais ali no cortejo das vaidades. São todos muito crentes! Porque razão só os vejo nesta zona da cidade nesta altura do ano? No resto do ano são descrentes? Pois como diria a minha amiga Juvenália, é "cagança" senhor, "cagança".

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