17 de dezembro de 2004

"Gralhas insolentes ou erros imperdoáveis"

As gralhas, a ortografia, a sintaxe. Tudo isso, são coisas com as quais me dou mal. Muito mal. É fácil, para mim, do alto de uma certa arrogância, dizer, bradar: Não me interessa a forma, apenas me interessam os conteúdos.
Pois é. Parece uma verdade insofismável. Não! Essa postura algo pretensiosa, é tão só, uma forma encapotada de esconder a minha falta de preparação académica.
Já uma vez comentei com a Mariana acerca dessa grande quantidade de erros cometidos. Quem tem uma obsessão pela leitura, como eu tenho, que além de ficção e banda desenhada, leio dezenas de livros técnicos, relatórios, rótulos de garrafas de azeite, talões Multibanco, letrinhas pequeninas dos contratos das companhias de seguros, não podia cometer assim tantos erros. Diz-me a Mariana que pode ser pelo facto de estar muito familiarizado, ter o hábito profissional, de ler, escrever e falar muito na língua de Cervantes, a minha segunda língua. A minha mulher, que também é professora, diz que é da pressa, as duas deverão ter razão.
Quem não suporta gralhas é o Vent(ilha)dor um "blogueiro", como ele diz, de 64 anos, da Vila de São Sebastião na lindíssima Ilha de Jesus. Filósofo, politico, socialista laico e republicano, Homem de grandes convicções e combates, um lutador da democracia e da autonomia. O Ven(ilha)dor veio, certamente, melhorar bastante o panorama da "blogosfera" de endemismo açorico. Bem hajas Dionísio de Sousa e que te estejam reservados muitos e bons anos de saúde e lucidez para que, entre nós, debatas em verdadeiro choque de gerações.

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