5 de agosto de 2020

Urge reciclar.


Estamos a correr para o final da segunda década do século XXI, a atravessar uma silly season de quase 6 meses e lá vamos “tontinhos” embarcando no “conto do vigário” e na demagogia das obras apresentadas à última da hora e das inaugurações apressadas. Mas esta Região de sábios e de letrados, de Antero e Teófilo, de Nemésio e de João de Melo, esta Região de tantos e tantos intelectuais, falhou com os seus mais fracos, falhou porque abandonou aqueles que mais precisam dela para se dedicar aos que, instalados numa gamela que julgam infinda, se arrogam direitos ainda maiores e fruições pouco frugais da coisa que é de todos. Uma Região que, ao fim de 24 anos de socialismo e de “paixão pela educação”, mantém uma taxa de abandono escolar precoce de 27%, devia envergonhar-se do dinheiro que gasta em betão. Vamos a votos lá para Outubro e também nessa altura seremos recordistas, desta feita da abstenção, outra questão que devia fazer corar os políticos instalados. Valha-nos que somos campeões na reciclagem do lixo. Vamos embora então reciclar também os políticos.

In Jornal Açoriano Oriental, edição de 4 de Agosto de 2020

Sem comentários:

Arquivo do blogue