15 de fevereiro de 2019

Primus inter pares


Em 200 palavras

Primus inter...

A eleição dos nossos representantes no órgão máximo da democracia, o Parlamento, trás implícita uma escolha eleitoral secreta e universal que pressupõe a opção pelos melhores entre os iguais. É essa a grande virtude da Democracia representativa. Acontece porém que temos escolhido uma espécie de corga que em lugar de nos governar se vai governando. Diz o Povo, do alto da sua omnisciência que “quem rouba ao Estado empresta a Deus”. Na verdade, quando um eleito ou um escolhido entre os eleitos rouba ao Estado, além de ladrão, trai ainda a confiança da maioria de um Povo.
O Partido Socialista, ferido de morte pelos casos recentes e tentando sair limpinho da borrada em que Sócrates & Vara em comandita o meteram, pela voz do lacaio Lacão, veio apresentar um conjunto de medidas que visam melhorar a saúde da vida parlamentar e prevê a criação de um comité (palavra muito cara às esquerda) de ética criado a partir de uma comissão permanente que se dedicará, em exclusivo, aos comportamentos e às regras do Código de Conduta seguidas pelos parlamentares.
O PS pretende assim criar uma espécie de fiscal dos fiscais, fazendo da raposa a guarda da capoeira.


In Açoriano Oriental, edição de 12 de Fevereiro de 2019

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