28 de março de 2007

Mão pesada para crimes ambientais



Esta nova atitude mais repressiva que, compreende-se, vem no seguimento de uma primeira fase mais pedagógica, é de todo louvável. É, no fundo, a aplicação prática do princípio comummente aceite do poluidor pagador.
Porém, estranha-se mas não se entranha que, o mesmo governo que adopta estas medidas, noutros casos, pague ao poluidor e a entidades terceiras para limpar o lixo que fazem. Estou a falar do sobejamente conhecido problema das sacas de alimentos compostos para animais e fertilizantes e dos plásticos utilizados para a ensilagem de alimentos verdes.
Pelo menos desde 2004 pelas mãos de Vasco Cordeiro e depois pela pena de Noé Rodrigues, foram atribuídos subsídios, salvo erro no montante de 15.000 euros, à Associação Alternativa, uma ONG dedicada à recuperação de toxicodependentes, para efectuar a limpeza destes resíduos junto a caminhos de penetração, postos de recolha de leite e explorações agrícolas. Nada tenho contra a ALTERNATIVA, bem pelo contrário, mas a verdade é que ou o dinheiro foi pouco o trabalho não correspondeu, pois que a poluição está por aí aos montes para quem quiser ver.
Este assunto, que me é caro pois que, no desempenho de funções parlamentares, fui o primeiro e talvez único a colocá-lo (como atinge a lavoura ninguém tem a coragem de mexer), está por resolver desde 1999, vai muito tempo, e não me parece que tenha solução à vista. Será precisa muita mais pedagogia e ainda mais mão pesada.

Sem comentários:

Arquivo do blogue