10 de dezembro de 2013

Quase sempre concordo, mas...

"Carlos César revela que não vai ser candidato nas Europeias e diz esperar nessas eleições um sinal claro dessa abertura, por parte de António José Seguro.
Nesta conversa com Pedro Adão e Silva e Pedro Marques Lopes, Carlos César defende abertamente um governo de bloco central liderado pelo PS, com uma outra liderança no PSD, e sem o CDS de Paulo Portas, que considera ser um elemento «inesperado e enigmático nas decisões», representando o lado «ludo-maníaco» do Governo." 


Chega a irritar-me as vezes que concordo com o que diz e escreve Carlos César apesar de discordar frontalmente de algumas das opções técnicas e politicas dos seus  3 governos nos Açores.
Porém, neste particular, temo discordar na medida em que, deixar Paulo Portas de fora é o que melhor serve os interesses daquele e da esquerda radical. 
Na verdade, temo que esse governo de bloco central não durará mais do que uma legislatura  o que será o tempo mais do que suficiente para que, na senda das tácticas  eleitoralistas do passado, a esquerda radical acentuará o seu discurso de que o PS não é esquerda porque está a aplicar politicas de direita com o PSD. O que, não sendo absolutamente verdade até porque o PSD, o PS e até o CDS são partidos do grande "centrão" com muitas inclinações de esquerda (o que Paulo Portas tem mais à direita é a mecha de cabelo e a boina aos quadradinhos), cai no goto dos portugueses como ginjas.
Deixar de fora o "macaquinho na loja de loiças" é permitir que esse faça o discurso contrário à esquerda dizendo que afinal o PSD não quis reformar nada porque é de esquerda tal como o PS e como a esquerda radical não é de confiança é ele que se apresenta como única alternativa.
No entanto, admito, um governo de bloco central pode muito bem ser um governo de salvação nacional, assim o queiram os dois partidos do centro esquerda.

PS. Gostei do lado "ludo-maníaco" do Governo.

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