fôguetabraze
Nuno Barata Almeida e Sousa, um especialista em generalidades
19 de outubro de 2024
O pior arranque de ano escolar dos últimos anos
1 de outubro de 2024
Sazonalidade é mitigável
A sazonalidade no sector do Turismo é uma inevitabilidade, todo o sector sabe disso, sejam agentes de viagens, hoteleiros, restauração, sector dos transportes, animação turística e afins. No entanto, há vias para a mitigação desse problema começando desde logo por um esforço de estender para lá de 30 de setembro algumas atividades que captam públicos diferentes e que procuram mais do que sol e paisagens verdejantes. Em algumas ilhas, mais do que noutras, esse problema agrava-se com as distâncias aos centros decisórios e mercados emissores.
Correndo o risco de deixar alguns
de fora que não são menos importantes, vou apenas mencionar eventos como o Trail
da Fajãzinha na Ilha das Flores, O Bravos Trail na Ilha Terceira ou
o SMAT na Ilha de Santa Maria, O Quebra Pernas na Ilha de São
Jorge, ou ainda os já consagrados Triangle Adventure que se realiza nas
Ilhas Pico, São Jorge e Faial, o Ultra Blue Island que se realiza no Faial
ou ainda os Ecologic Trail Run e EPIC trail Run que se realizam
em São Miguel, todos eles realizados ou
em extensão do verão ou imediatamente antes do período de maior procura, são excelentes exemplos de como minimizar os
efeitos da sazonalidade no sector emergente que é o Turismo e provavelmente o
único sector em que estamos a conseguir inovar e que tem gerado enorme procura
nos mercados emissores tradicionais e em novos mercados.
É de louvar o esforço das
organizações desses eventos que envolvem um enorme número de voluntários e
pequenos patrocinadores, com recursos parcos, uns mais do que outros pois casos
há em que os municípios e o Governo Regional já perceberam a importância dos
eventos que contribuem para a notoriedade do destino e para a mitigação da
sazonalidade.
Veja-se, o excelente exemplo do
profissionalismo e da eficácia do Azores Trail Run que tem trazido atletas dos
4 cantos do mundo para correrem nas nossas Ilhas. Atente-se ainda na
jovialidade da equipa do Bravos Trail que soube potenciar os apoios que, em boa
hora, as Câmaras de Angra e Praia e o Governo Regional, optaram por dar e têm
sabido também acatar sugestões de atletas e operadores experientes, melhorando
de edição para edição, quer as marcações quer os percursos e ainda a componente
social como só na Ilha Terceira sabem fazer. Talvez por isso, o Bravos Trail,
edição de 2024, tenha esgotado as inscrições nos primeiros meses o que revela
uma boa campanha de promoção das provas que o compõem.
Estes eventos, a par de outros no
Golfe, na Equitação, no Big Game Fishing, no Windsurf e restantes desportos náuticos
devem ser acarinhados pelos municípios pois é esse o mais importante papel do
Poder Local na captação de mercados emergentes do sector do turismo fora das
épocas de maior procura.
A deslocação a feiras de um vereador
ou de um técnico de comunicação de uma autarquia tem um custo, muitas vezes, do
dobro do apoio que é dado a esses eventos e a sua eficácia fica muito aquém do
que pode ser alcançado por um evento desportivo da natureza dos que aqui
tratamos, até porque é dificil de quantificar, enquanto nos acontecimentos
desportivos se pode avaliar com exatidão o seu impacto. Temos assistido a
deslocações de equipas inteiras, com famílias a acompanhar que, não raras vezes,
uma pequena equipa gasta, na ilha e em passagens, tanto como o valor que uma
determinada autarquia apoia a organização do evento.
Por mim, irei sempre que possivel
promover estas atividades e dar delas a notoriedade necessária para contribuir
para o seu crescimento e maturação, a bem do desporto, da prevenção de maus
hábitos como as toxicodependências e da mitigação da sazonalidade que, como
iniciei este artigo, não vai acabar nunca mas pode ser atenuada.
Publicado nos Jornais Diário Insular e Diário dos Açores edições de sexta-feira dia 28 de outubro de 2024.
15 de setembro de 2024
A verdadeira História do Porto das Lajes das Flores.
IL acusa Governo de coligação de ser culpado
"Os nossos filhos e netos não se vão orgulhar do legado que a Região lhes vai deixar"
O Deputado da IL/Açores, Nuno Barata, lamenta que a governação da Região e o discurso político bairrista promovido por alguns agentes continue a atirar os Açores para um caminho sem retorno, do ponto de vista financeiro e social.
Libertar os Açores dos grilhões da regulação.
O Deputado da IL/Açores, Nuno Barata, defende que é preciso "liberalizar" os Açores, libertando os cidadãos (residentes, emigrantes ou que queiram cá fixar-se) de "grilhões" que os asfixiam e que promovem a emigração, a desertificação e o não regresso dos nossos jovens às suas ilhas.
10 de setembro de 2024
Pior arranque de ano letivo
Lamenta IL
"Este foi o pior arranque de ano letivodas últimas décadas nos Açores"
O Deputado da IL/Açores, Nuno Barata, lamenta que o arranque do ano letivo 2024/2025 "tenha sido o pior das últimas décadas", apontando falhas ao nível de pessoal (docente e não docente), manuais digitais, investimentos na requalificação das escolas da rede pública, entre outras.
Em tempo de vindimas, Nuno Barata usou da analogia: "em termos de educação, este Governo Regional de coligação é muita parra e pouca uva"!.
29 de agosto de 2024
Sobre aumento do imposto dos combustíveis
Iniciativa Liberal acusa Governo da coligação
4 de agosto de 2024
Se Azores Airlines não for “vendida ou fechada”...
SATA não terá dinheiro para pagar ordenados no fim do ano
O Deputado da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, insiste na necessidade urgente de vender ou fechar a Azores Airlines, porque caso contrário, disse, “a SATA não terá dinheiro para pagar os ordenados dos seus trabalhadores já no final deste ano e em 2025”.Nuno Barata é perentório: “Se não conseguirem vender a Azores Airlines nos prazos previstos e definidos com a União Europeia importa que o Governo diga como vai conseguir pagar os salários dos trabalhadores do Grupo depois da operação deste verão e no ano de 2025”.
1 de agosto de 2024
Baixar os impostos nos Açores foi essencial ...
30 de julho de 2024
Dívida dos Açores
IL diz que atual montante de encargos
Aerogare Civil das Lajes precisa de intervenção urgente
21 de maio de 2024
Discurso dia da Região 2024 proferido na ALRAA
Açorianos,
Comemorar a
nossa Região quando passam 50 anos do 25 de Abril, é comemorar os clamores da Liberdade
dessa madrugada, mas é também não deixar de recordar a luta pela mesma
liberdade efetiva que nestas ilhas começou no dia 6 de junho de 1975 e que
culminou com o “Movimento dos 9” e o consequente 25 de novembro.
Pelo meio – nunca é demais recordá-la e fá-lo-ei
enquanto vida tiver –, a madrugada de 9 de junho de 1975, na qual foram
arrancados de casa e às suas famílias, sob ameaça de metralhadora G3, 31 Micaelenses.
Arrancados é bonomia minha- Na verdade, foram criminosamente sequestrados e, na
mesma noite, deportados à força para prisão militar noutra ilha, sem direito a
qualquer assistência judiciária ou equivalente.
Isso mesmo refere o Relatório da Comissão de Averiguação de Violência Sobre Presos Sujeitos Às Autoridades Militares, de 19 Janeiro de 1976, que sublinha as prisões efetuadas "noite alta", por tropa de "armas aperradas"; com dias de cárcere em que os detidos foram tratados "de forma humilhante"; com mandados de captura emitidos em branco em que "não foi invocado o tipo de crime".
Todo o processo que assim "excedia a capacidade de atuação do Comando Territorial Dos Açores" foi enviado para Lisboa e, depois do Verão Quente, arquivado por despacho do primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo, em 12 de Dezembro de 1975, no último dos governos provisórios pós revolução e depois da deriva comunista do Gonçalvismo.
Presos políticos por delito de consciência na defesa dos Açores e do exercício da liberdade de expressão dessa Açorianidade. ( nunca homenageados por este Parlamento que, no entanto, não teve pejo em atribuir, em 2008, a Insígnia Autonómica de Reconhecimento ao General Altino de Magalhães, mandante e executor das prisões de:
Abel Da Câmara Carreiro, Aguinaldo Almeida Carneiro, Álvaro Branco Moreira, António Dourado, António Costa Santos, António José Amaral, António Gomes de Meneses, António Câmara, Armando Goyanes, Bruno Tavares Carreiro, Carlos Melo Bento, Eduardo Pavão, Fernando Mont’Alverne, Gualberto Cabral, Gustavo Moura, João Gago da Câmara, João Luís Índio, João Manuel Rodrigues, José Franco, José Manuel Domingues, José Nuno de Almeida e Sousa, Luís dos Reis Índio, Luís Manuel Domingues, Luís Moreira, Luís Octávio Índio, Luís Vasconcelos Franco, Manuel Tavares de Brum, Manuel Oliveira da Ponte, Tomaz Caetano, Valdemar de Lima Oliveira e Victor Cruz).
Foram presos
políticos depois do 25 de Abril, apenas por defenderem os interesses dos Açores
e do seu Povo e a livre administração dos Açores pelos Açoreanos e por desejarem
para as nossas ilhas e para o nosso Povo a verdadeira liberdade anunciada, cerca
de um ano antes, mas ainda não totalmente garantida e isso mesmo se podia ler
num cartaz na frente da manifestação de 6 de junho.
Os Açoreanos
continuam a sair destas ilhas em bardas silenciosas de emigração, porque a
economia delas não vai além de pagar salários baixos e mesmo os mais
qualificados e com o acesso que hoje temos às novas tecnologias não são
devidamente compensados financeiramente.
A integração
europeia veio abrir novas portas. No entanto, passados milhares de milhões de ecus
e de euros, quer em incentivos ao investimento, quer nos chamados fundos de
coesão, nos apoios do Fundo Social Europeu e das chamadas ajudas à perda de
rendimento e à ultraperiferia, seguimos sendo uma das regiões mais pobres desta
Europa dos milhões, com os indicadores de pobreza a crescerem ano após ano
mesmo depois do chamado novo paradigma.
Em suma, foram-se aproveitando os fundos não
com sentido de colmatar falhas, não para fazer o que tinha de ser feito no
sentido da convergência, não com objetivos estratégicos e em investimentos que
fossem necessárias, mas sim para fazer aquilo que os fundos permitiam e fazer
tudo o que dava votos. O resultado está
à vista.
Por fim, salientar a urgência de inverter a
trajetória de endividamento da região.
Há que introduzir mecanismos de controlo orçamental para garantir que a dívida não cresce ao ritmo que tem crescido, sob pena da Região ter de recorrer a um terceiro resgate financeiro o que se traduzirá, sempre, numa perda da sua autonomia.
O fracasso
não é da Autonomia enquanto projeto subsidiário do Estado, mas sim de quem
dirigiu e dirige as suas instituições. Ou seja, o problema não está em sermos
autónomos, o problema está em não termos sido exigentes e ponderados na
execução de políticas que nos permitam continuar a ser autónomos.
À primeira
contrariedade, a situação culpa a oposição.
À segunda contrariedade,
clama a Lisboa e a Bruxelas.
Como disse,
desta mesma tribuna, em 2021, e não me cansarei de repetir, a Autonomia Política
e Administrativa será tanto maior e mais profunda quanto maior e mais forte for
a nossa autonomia financeira.
No entanto, para se operarem essas
mudanças, não basta aprofundar o regime, as suas competências e as suas
instituições ou a mesada consubstanciada numa nova lei de financiamento das regiões
autónomas.
É fundamental serem operadas políticas diferentes, mais arrojadas, mais liberais, capazes de potenciar a produção de bens transacionáveis e, com isso, a criação de mais economia e, consequentemente, mais emprego e bem-estar social.
23 de abril de 2024
50º Aniversário do 25 de Abril no meu Liceu.
Hoje fui ao meu Liceu (Escola Secundária Antero de Quental) e na antiga sala de música do Barão de Fonte Bela, a mais bela biblioteca dos Açores. Eu e mais cinco Deputados fomos falar de Liberdade a propósito da passagem do 50º aniversário da Revolução do 25 de Abril. Foi uma honra e um privilégio ter estudado nesta escola instalada no Palácio de Fonte Bela, um dos melhores exemplares da arquitetura da Época da Laranja e do Século XIX em Ponta Delgada. Sessão promovida pelos Professores de Filosofia e que envolveu algumas turmas bastante participativas e interessadas. Estes momentos devolvem-nos a esperança na Humanidade.