Páginas

21 de novembro de 2008

No mínimo, demita-se


Imagem RTP.
Já aqui abordei, várias vezes, o facto de em Portugal os políticos e figuras públicas raramente tirarem consequências políticas dos seus actos e omissões.
Salvo erro, Jorge Coelho foi o último a fazê-lo a quando da queda da Ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios. Subsiste, no entanto, a dúvida se Coelho não terá encontrado na queda da ponte um motivo para saltar fora do chamado “pântano guterrista”, dou-lhe, de barato, o beneficio da duvida, mais do que uma convicção é um Whishful Thinking (corrigido), afinal gosto de acreditar que há políticos sérios e consequentes neste país de chicos-espertos e aldrabões encartados.
No caso do Banco Português de Negócios, não é compreensível que o Governador do Banco de Portugal não tenha ainda retirado as devidas consequências políticas da sua incompetência ou da incompetência da Instituição que dirige. Na verdade, o Governador dos “fretes” e não “fretes” aos governos consoante dá jeito ou não dá, não pode alegar desconhecimento dos factos no caso BPN. Mas, mesmo que Vítor Constâncio não soubesse do que se estava a passar no BPN, deve demitir-se, assumindo a sua ignorância em relação ao caso e como tal a sua incompetência.

6 comentários:

  1. Concordo plenamente quando se refere à incompetência deste senhor. E , infelizmente, não é de hoje....

    Acho absolutamente inaceitável que tenha sido necessário haver lugar a uma crise financeira e enconómica profunda para que se chegue à conclusão disto mesmo. Mas enfim...A regulação, ou melhor, a forma como ela é feita, não só em Portugal mas também, revela contornos obscuros e de difícil aceitação por uma comunidade que se quer responsável e idónea.

    Permita-me corrigi-lo quanto ao termo que utilizou no seu post. Não se trata de "Wishful Thiging" mas Whishful Thinking.

    Rui Santos
    ( http://www.repentismo.com/ )

    ResponderEliminar
  2. concordo, quer seja incompetência, falta de meios ou outros motivos piores, os casos ocorridos só tem uma saída minimamente airosa: a demissão.
    A manutenção é duplamente gravosa: no descrédito progressivo em que a instituição se encontra e a alimentação da suspeita de que existem interesses mais obscuros por quem tem poder poder para o demitir e não o faz.

    ResponderEliminar
  3. Vi por aí algures, apresentado de forma que gosto, mas que tu, em casos similares, tens também chamado populista, uns gráficos que comparavam o que ganha Victor Constâncio e o Presidente da Reserva Federal Americana.
    Um “cheque” assim tão chorudo não é razão mais que suficiente para não ter vergonha na cara e por ali deixar-se ficar (até que uma qualquer Motta Egil o “contrate”)?

    ps- NB; de facto é uma "seca" ter de, todas as vezes, andar aqui a digitar nome de utilizador e palavra chave.
    Haverá forma de conornar isso (continuo mito básico nestas coisas. Se puderes ajudar...)

    ResponderEliminar
  4. mas alguém no seu perfeito juízo, a ganhar o que ele ganha, pensaria em demitir-se??

    ResponderEliminar
  5. "No mínimo..."
    E no médio? O Harakiri ?!... Bom (Muito bom...), isso seria sublime, n'est pas?

    ResponderEliminar
  6. No Máximo.... : O Salário Máximo Nacional...

    O que é mesmo, mesmo, mesmo, muito, muito bom... (comparando com o Mínimo...)

    ResponderEliminar