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4 de outubro de 2012

Buscar o caminho para a lilberdade.




 


Impelido por uma ou duas frases que ontem escutei da boca do Professor Carlos Amaral, fui buscar ao fundo dos escaparates este exemplar de O Caminho para a Servidão de Friederich Hayek . Neste nosso cada vez mais triste e desolado país onde o socialismo do CDS apenas se distingue do Socialismo do PCP por uma questão de grau e pelo meio ficam os ditos sociais democratas do PSD e do PS  que, nem por isso, deixam de constituir ameaça às liberdades individuais, vale a pena ler Hayek para podermos questionar hoje (tal como em 1944, ainda antes do final da II Grande Guerra, ele o fez)  o rumo que leva este retângulo e a necessidade de refundar-mos a polis e nos libertarmos definitivamente do fantasma da omnipresença do Estado. Tal como aqui escrevi há alguns meses, na verdade o Estado moderno, vestefaliano, deixou de ser, assim como que de repente, o garante da segurança e da equidade para se transformar numa espécie de “bando de malfeitores” que, de incapacidade em incapacidade, de incompetência em incompetência, de prepotência em prepotência e de exceção em exceção, vai retirando aos cidadãos esse mesmo estatuto para os transformar em idiotas ( no sentido classico do termo).
Os ideotas, na ntiguidade classica, eram os individuos que não participavam das decisões, não eram, portanto da polis.
Friederich Hayek representa o expoente máximo do liberalismo (neoliberalismo económico)  em meados do século XX e  a chamada Escola de Viena, é tão actual que até chega a assustar e a sua leitura ajuda-nos a perceber o disparate que é quando alguns cidadãos, por ignorância uns, por desonestidade intelectual outros, dizem que os problemas a que chegamos se devem ao neoliberalismo.
É que nós não vivemos qualquer periodo de liberalismo nem mesmo nos reinados de D. Pedro IV e D. Maria II. O liberalismo nunca foi testado em Portugal e como tal, eu liberal convicto, não posso aceitar que culpem essa teoria política e económica da situação em que vivemos.

8 comentários:

  1. Anónimo6:33 a.m.

    Quando a banca falhou nos Estados Unidos, quem é que pagou os calotes?
    Os contribuintes.
    São todos muito liberais, mas quando as coisas dão para o torto, viva o socialismo, porque pagam todos.

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  2. Anónimo3:20 p.m.

    ????????????????????

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  3. Anónimo10:05 p.m.

    Boa questão esta de nunca se ter testado o liberalismo económico em Portugal
    Já sabemos porquê. Porque o capitalismo parasitou a Social Democracia e o Socialismo, sugando as ideologias até à morte anunciada destas. O princial inimigo do Liberalismo é o Capitalismo, porque não tolera a liberdade e a concorrência e tem vivido muito mais próspero na sombra dos Estados que na Independência destes.
    Veja-se a questão das dívidas soberanas, verdadeira algema capitalista, impedindo o liberalismo e o estado social de caminharem lado a lado na estabilidade social e económica das Nações.

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  4. Anónimo3:45 p.m.

    É verdade ! Falta de facto testar o Liberalismo em Portugal !

    Bom texto !


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  5. Anónimo11:06 a.m.

    Os ideotas, na ntiguidade classica, eram os individuos que não participavam das decisões, não eram, portanto da polis.

    ---

    Os idiotas da polis eram aqueles que só se preocuparem com os assuntos privados e que não se interessavam pelos affaires públicos.

    O neo-liberalismo de Hayek, mui distinto do liberalismo de Mill dado que contempla apenas o laissez faire (economicista) e os direitos inviduais, privilegia precisamente a idiotice que mencionas.

    Por conseguinte, os "neo-liberais" Hayekianos, Friedmanianos e os seus descendentes políticos são idiotas.






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  6. Anónimo11:55 a.m.

    Caro Barata

    Ontem não me fiz entender.

    O neo-lib de Hayek/ Friedman contempla apenas o economicismo. A sociedade, a polis, é reduzida ad absurdum às leis do mercado, do individualismo atomizante etc.

    A polis é um bem público que o Hayek e o Friedman gostariam de privatizar. (o Friedman chegou a contemplar a possibilidade de se privatizar o oxigénio). Ou melhor, a existência da Polis assenta na premissa de que somos seres sociais e comunitários. Hayek e Friedman negam esta pertença do humano ao social. O liberalismo clássico não comete o mesmo erro.

    O neo liberalismo economicista é a negação da Polis. Como defender a Polis negando o próprio conceito de Bem Público????

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  7. Anónimo6:50 p.m.

    e quem é que garante a segurança nacional dos países??

    a PROVISE?

    esta culpabilização tout court do estado Westphaliano é perfeitamente absurda.

    as sociedades europeias avançaram muito devido aos estados westphalianos.

    esta diabolização do estado pelos neo-libs-conservadores revela a miopia dos dogmáticos...

    há estados e estados.

    o estado social canadiano não é corrupto grosso modo e proporciona o que há de melhor a todos os seus cidadãos....

    os neo libs são economistas on steroids que se julgam filósofos.... lol









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  8. Anónimo1:14 p.m.

    Caro Barata

    Se fosses um liberal convicto não defenderias as teses de hayek e friedman.

    Há um importante trabalho a fazer: demonstrar que o neo liberalismo é a mais completa perversão dos ideais liberais clássicos.

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